terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Bem vindo, 2009!

O ano que termina foi emocionante. Chorei pelos abandonos, sofri com a impotência, torci para que os "socorros" dessem certo, vibrei por poder ajudar algumas vezes, sorri a cada boa nova, me senti bem sempre que cheguei em casa e avistei Shiva e Guido. Eles trouxeram alegria em cada momento de 2008. E em 2009, espero que a saúde e a felicidade que eles exibem quando me recebem no quintal de casa possam estar presentes na vida de todos nós!!!
Beijo grande e feliz 2009!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Papai Noel solidário

Pessoal, para quem está querendo comprar lembrancinhas bacanas e ainda ajudar quem precisa, tem uma rifa "rolando" aqui. A renda será destinada para cobrir as despesas com Marley e Pandora. Para saber detalhes e ver os prêmios, visite o link. Participe!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

ano novo, roupa nova

O Dias de Cão está experimentando novas possibilidades estéticas para 2009. Então, não se assuste se nos próximos dias estiver um pouco confuso por aqui, tá? Aliás, palpites são bem vindos!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

vídeo ótimo

Esta animação faz parte de uma campanha da RSPCA e foi produzida pelo mesmo autor do Simon's Cat (assista aqui). Uma boa maneira de tratar do tema e dar boas risadas!

sábado, 6 de dezembro de 2008

flagrante

A dupla no auge da brincadeira numa noite de inverno.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ajuda em Santa Catarina - atualização

A lista do que estão precisando de mais urgente em Santa Catarina para socorrer os animais e como estão os trabalhos de resgate tem atualização constante no Mãe de Cachorro. Passe lá e acompanhe. Há inclusive fotos emocionantes dos resgates, como essa aqui.

Se contribuiu, veja como estão usando sua doação. Várias entidades se reuniram e estão atuando de maneira coordenada. Divulgue e repasse informações confiáveis, para que os recursos não sejam pulverizados - e o movimento de quem está ajudando a salvar os animais não fique desacreditado.

Fazer circular informações de maneira responsável é também uma boa forma de ajudar!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

quer ajudar Santa Catarina? Saiba como!

Depois de receber mil e-mails soicitando ajuda e dinheiro, com números de contas e tal, fui checar a veracidade deles. Pois bem, as informações oficiais estão no Mãe de Cachorro. Não deixe que gente sem coração se aproveite de suas boas intenções! Procure sempre checar se é um pedido de ajuda autêntico antes de repassar.

"Ajudar os animais vítimas da chuva é também uma questão de saúde pública. Seus dejetos e até mesmo seus corpos mortos podem transmitir doenças, já que a água carrega a contaminação de uma maneira bastante eficaz. Uma das doenças mais comuns em épocas de chuva é a leptospirose, ou 'doença do xixi do rato'. Ela é transmitida pela urina de ratos que estejam infectados com a bactéria e acomete pessoas e cães da mesma maneira. Animais vacinados anualmente com a vacina polivalente têm poucas chances de contrair e, consequentemente transmitir a doença". (trecho da coluna "Mãe de Cachorro" publicada no jornal "Notícias do Dia", de Florianópolis. Leia a íntegra aqui)

Dito isso, segue aqui a lista do que estão precisando de mais urgente em Santa Catarina para socorrer os animais:

- Vacinas contra leptospirose e raiva, antibióticos, sarnicidas, anestésicos, seringas, agulhas...
- Máscaras e luvas descartáveis
- Ração para cães, gatos, aves, cavalos e bois
- Coleiras e correntes para cães
- Casas e caixas de transporte para cães e gatos
- Material de higiene e desinfecção de instalações e dos animais
- Cobertores e toalhas
- Potes para alimentação e água

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

adoção em São Paulo: Bibo

Quem mora na capital paulista e quer um cãozinho lindo de morrer, já tem um candidato forte: esse é o Bibo, que foi "largado" por sua família humana na rua e está sob os cuidados de seu ex-passeador, que o acolheu, mas não tem condições de mantê-lo. É uma adoção urgente e os contatos são com a Leonor: (11) 8912 0498 e almaseresvivos2000@yahoo.com.br .


PS: fiquei doida por ele, pena que para trazer o Bibo para Brasília seria tão complicado, senão, Guido e Shiva corriam o sério risco de ganhar um irmãozinho...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Focinhos em verso

Focinhos
Claudia Zippin Ferri

Ah, se as pessoas soubessem o que há por trás de um focinho,
Focinho úmido, geladinho,
Preto, marrom, desbotadinho,
Simples e lindos focinhos.

Ah, se as pessoas soubessem o valor de um focinho,
Focinho medroso ou metido,
Focinho manhoso, carinhoso,
Simples amigos focinhos.

Ah, se as pessoas tivessem ao menos um focinho,
Não sobre o próprio rosto,
Mas em carne, pelo e osso,
Fonte pura de carinhos.

Ah, se as pessoas protegessem os focinhos,
Focinhos que vivem sozinhos,
Amores desperdiçados; focinhos amargurados,
Focinhos pra todo lado.

Ah, se as pessoas conhecessem os focinhos,
Quanto amor, quanto carinho,
Anjos peludos, sem narizinhos.
Anjos fofos atrás de focinhos.

Ah, se eu pudesse ver todos os focinhos,
Amados e acolhidos,
Crianças da criação, anjos de bem querer,
Focinhos em plena evolução.

Ah, se as pessoas soubessem,
Quanto amor e dedicação,
Quanta vida, quanta paixão,
Quanto vale o amor de um cão.

Ah, se eu pudesse mostrar para todos, o valor de um focinho,
A gratuidade de um carinho,
O que existe de verdade,
Por trás de um simples focinho.

PS: Atenção para a autoria da poesia... não é minha!!! E consegui decifrar de quem era no blog Autor Desconhecido.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Marley e eu

Desde que comecei o Dias de Cão tenho vontade de escrever sobre um livro que me fez rir e chorar muito, "Marley e eu". Ganhei o livro de meu marido, quando embarcava para visitar Belo Horizonte num mês de outubro, logo após o acidente com o avião da Gol. Sim, eu que adoro aviões, estava morrendo de medo de voar aquele dia. Quando cheguei ao relato sobre a escolha do Marley e como o pai dele se "apresenta" à família, estávamos sobrevoando a represa de Três Marias, onde sempre tem uma pequena turbulência. As pessoas se olhavam, todas com medo, e eu tinha um ataque de riso daqueles incontroláveis, pois a cena era quase igual à que passamos com a Shiva. Nem preciso completar que devorei o livro em pouco tempo.

Para quem gosta de uma boa leitura, é um bom livro. Para quem gosta de bichos, acho que é até obrigatório. E para quem pretende ter um bicho em casa, é imprescindível ler e prestar muita atenção. Porque conviver com cachorros, gatos, aves e outros animais domésticos nos faz lidar com nossas emoções diariamente. Lidamos com o previsível, pois eles costumam apreciar uma rotina, com o imprevisível, pois sempre conseguem nos surpreender e com o inevitável fato de que suas vidas não têm a mesma duração da nossa. E conseguir deixá-los partir talvez seja a tarefa mais difícil de nossa convivência com eles.

Hoje assisti o trailer do filme e decidi finalmete tirar alguns minutos do dia para escrever sobre o livro. Mal posso esperar para ir assistir. Não tenho expectativas de que seja tão bom quanto o livro - normalmente os filmes não conseguem traduzir as emoções que experimentamos na leitura - nem de que seja um candidato ao Oscar. Só espero me divertir muito vendo um labrador endiabrado deixar a vida das pessoas mais alegre, a despeito de mais complicada.

PS: Não é merchandising, ok?
PS2: Cadê o trailer que estava aqui? Parece que o link saiu do ar... :(

terça-feira, 11 de novembro de 2008

adoção para dois cães

Chegou de Gravataí (RS) o pedido de divulgação para essas duas fofuras que precisam encontrar novas famílias, uma vez que as que tinham se mudaram e os deixaram para trás. Não sei como tem gente que consegue fazer isso, mas...

Para informações sobre esse lindo part-color (que deve ser primo do Guido), ligue para a Marlene (51) 8457-1468.

Para saber do pequenino fox guardião, fale com a Liliane (51) 9322-0715 ou uszacka@yahoo.com.br

Quer ajudar? Divulgue para seus conhecidos e lembre-se sempre que cachorro não é brinquedo, é um animal que precisa de cuidados e muito amor!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

delícia de filhotes

Amei esse vídeo de filhotes adoráveis na hora do cochilo... ai que saudades do bebê Shiva!!!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

dia sagrado dos cães

No Nepal, os hindus celebraram em 27 de outubro o culto anual aos cachorros. Eu achei muito bacana! A notícia completa está aqui.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

conduzindo Miss Shiva

Como está na moda discutir em blogs como os cães devem ser conduzidos na rua, lembrei de contar como foi que aprendi a andar com a Shiva pelo bairro. Quando me mudei para Brasília, Shiva já tinha 1 ano, metade dele passou sendo adestrada pelos Bombeiros. Ah, que lindo! Logo, recebi as 1255 instruções de como deveria conduzi-la: segurar a guia sempre com a mão esquerda; dizer "junto" para que ela caminhasse junto a mim, enquanto puxava de leve a coleira para o meu lado; puxar a coleira para cima e dizer "não" caso ela queira apanhar algum objeto do chão; parar 2 passos antes de descer da calçada, esperar ela assentar e dizer "junto" quando for atravessar, etc, etc, etc. Meu marido deu duas voltas com ela pelo quintal enquanto me explicava e ela obedecia como um anjo, parecia mesmo fácil.

Saímos sozinhas para nossa primeira caminhada juntas. Seguimos bem até a primeira esquina. Mas eis que um gato sai correndo do meio das plantas e atravessa a calçada e a rua em desabalada carreira... "junto" e "não" não foram suficientes para conter a curiosa Shiva, que colocava todos os seus 36Kg a serviço de me arrastar pela calçada. Consegui dar a volta num poste e parar a cadela. Nem comento o estado que minhas mãos ficaram com a "queimada" da guia de nailon. Contei até 25, respirei até o coração parar de pular pela boca e segui. Mais 200 metros de paz, até que sacos de lixo pretos, colocados no canto da calçada, deixaram Shiva apavorada e ela travou: não seguia adiante e nem voltava atrás. Alguns minutos de impasse, carinhos na cabeça e voz mansa, consegui fazer com que ela atravessasse a rua e seguimos pelo outro lado. Demos a volta no quarteirão, onde 50 crianças saíam da escola! Shiva fez festa para cada uma delas, abanando o rabo, distribuindo lambidas generosas e babando em todo mundo.

Seguimos mais tranquilas, ela olhando para mim de vez em quando com "aquela" cara de besta, satisfeita da vida e eu falando com ela, certamente sendo apontada na rua como uma maluca que conversa com cães. Estava apreciando o passeio, pensando comigo: "até que estamos bem, é só o primeiro dia, mais uma semana e estou craque" quando do outro lado da rua, em sentido contrário, surge outra moça, com um labrador preto, com a mesma idade da Shiva. Os cães se olharam, começaram a abanar os rabos freneticamente e partiram em desabalada carreira em direção um do outro. Eu e a pobre moça éramos arrastadas para o meio da rua, que graças à Deus era sem saída e não tinha movimento, sem que nossos esforços servissem para conter as duas criaturas curiosas que estavam nas guias nas nossas mãos esquerdas. Shiva e seu novo amigo se cheiraram, deram voltas e voltas, de modo que as guias ficaram bem emaranhadas, enquanto eu e a moça trocávamos olhares de compreensão e ríamos do ridículo da situação. "-Ela tem que idade?", "-Um ano"- respondi. "-É adestrada?", "-Sim, pelos bombeiros!". Algumas gargalhadas depois, seguimos para nossas casas.

Nem por isso desisti de caminhar com minha cadela maluca. Saí com a Shiva por quase 1 ano, por vezes sozinha, por vezes com meu marido nos acompanhando. Aos pouco ela foi se habituando comigo e passou a obedecer alguns comandos. Levou tempo, paciência - e muito creme nas mãos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

e o prêmio vai para....

Shiva e Guido!!! Os lindos foram eleitos os cães mais comportados do hotelzinho!!! Chegamos de viagem e fomos logo buscá-los, estávamos loucos de saudades...

Quando um dos tratadores veio nos entregar as figuras e todas as tralhas (caminha, panela, ração, brinquedos, etc), perguntei se deram muito trabalho, afinal, foram 15 dias longe de casa. "Nada, eles são bonzinhos demais, são os mais comportados que estiveram aqui". Surpresa, eu comecei a rir. E ele completou: "É sério, tinha uma outra labradora que comeu a panela, a caminha e a coberta do cachorro vizinho... Os seus não choraram, não ficaram sem comer, brincavam, dormiam, ficaram numa boa". Fiquei até com medo de que eles quisessem continuar lá... Mas nos despedimos dos tratadores e os dois se aboletaram nos bancos do carro e viemos direto para casa! E olhando o post seguinte fica difícil acreditar, né? Pois é, acho que era assim que nossas mães ficavam quando as tias elogiavam nosso comportamento nas casas de nossos amiguinhos...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

jardinagem canina

A disposição em ajudar as pessoas é uma característica inata dos cães. Eles gostam de estar junto, de ficar pertinho e de colaborar em tudo que fazemos. Shiva tem uma vocação incrível para a jardinagem! Não bastasse adorar carregar as ferramentas - e mastigar os cabos enquanto corre loucamente pelo quintal - cavar os buracos para as novas plantinhas é um de suas aptidões mais impressionantes. E depois de plantarmos as moréias, temos uma cadela de luvas e máscara.

Não bastasse, ainda ajudou o Guido a entrar no clima.

Depois ficaram os dois sem entender por que perderam o direito ao acesso à área de serviço...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

um exemplo de cidadania

Para quem mora em Belo Horizonte, há ótimas notícias vindas da Prefeitura: a campanha de posse responsável começou e oferece, além de informação clara e acessível, castração gratuita de cães e gatos. Descobri essa novidade através de uma prima, que recebeu o folheto informativo ao levar sua cadelinha para receber a vacina anti-rábica gratuitamente num dos postos montados para isso no dia 20 de setembro. Fica aqui então o link e a esperança de que aos poucos vamos progredindo como seres humanos, tornando a vida de nossos bichos e as nossas vidas mais saudáveis.

E na sua cidade, já acontece algo semelhante? Aproveite essa temporada de eleições para conhecer as propostas dos candidatos sobre esse assunto... Mater-se informado é uma boa maneira de exercer a cidadania!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

novidades: uma é boa, já a outra...

Começando pela boa: Lembram dos 3 cãezinhos lindos que estavam precisando de um lar em São Paulo? Pois é, estão de casa nova! E foram adotados juntos! Valeu pela torcida e pela divulgação, estão bem tratados e espero que sejam muito felizes!!!

A notícia ruim é que Romeu e Julieta continuam na mesma até hoje... ainda não consigo entender como ninguém se interessou em adotar um casal de poodles carinhosos e fofos! A notícia que tive é que continuam dormindo debaixo dos carros estacionados e sendo alimentados por pessoas que passam na rua. Eles estão em São Paulo! Essa é a foto deles que está publicada desde março no Gatoca. Será que alguma alma boa paulistana se habilita a adotar essas fofuras?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

nome não é mera coincidência

Hoje eu vou contar a história de um cachorro muito figura: o Thor. Não, não é meu. É o labrador do Thiago Carvalho, daqui de Brasília, com quem conversei por e-mail. As frases entre aspas são dele.

Thor completará 9 anos no próximo mês de dezembro. O Thiago demorou 19 anos para convencer a mãe a deixá-lo ter um labrador. "É uma raça super calma e não cresce muito". Pobre mãe. O filho tinha acabado de ser aprovado no vestibular da UnB e, diante desses argumentos, ela não negou o pedido. Lá foi o Thiago todo feliz escolher o cachorro num canil de criadores. "Ele era o último macho, uma cabeça absurda! Passou literalmente por cima de todas as cadelinhas da ninhada chocolate que estavam na frente, foi amor à primeira vista!" No caminho para o novo lar, já foi destruindo o carro, apesar da irmã tentar evitar que a boquinha do cão alcançasse os estofados.

Chegando em casa, a mãe do Thiago despachou o Thor para o merecido e necessário banho no pet shop, enquanto assumia a tarefa de explicar ao marido que um cãozinho calmo e pequeno iria fazer parte da família. "Ao voltar do pet shop, ouvi meu pai gritando, indignado! Soltei o Thor na porta do quarto, ele foi caminhando e parou na frente do coroa, de gravatinha azul. 'Mas ele é lindo, hein?'- foi a frase do meu pai". Pronto, tudo estava resolvido.

Morando em apartamento, o Thor desde 4 vezes ao dia para passear, cada vez com um dos membros da família. É bem popular na quadra onde moram, vai diariamente à padaria e é super simpático com os vizinhos. Quando jovem, seu programa favorito era ir nadar no lago Paranoá. "Ficava doido quando via a pick-up, sabia que ia nadar. Hoje, não liga muito, mas é só abrir a porta do carro e ele pula lá dentro, adora andar de carro". Como o apartamento é território livre para ele, sempre que volta dos passeios, lava as patinhas antes de entrar em casa. Além de gostar de música, o Thor gosta também de comer óculos de grau e de fugir da guia vez por outra. Numa dessas fugas ele foi encontrado na quadra vizinha, brincando em um monte de terra de obra (para quem não conhece Brasília, basta dizer que a terra aqui é vermelha), subia e escorregava, subia de novo e escorregava, já estava um labrador chocolate.
Quando comecei a escrever este post, fui procurar o histórico do nome do Thor na internet. Eu me lembrei logo do martelo, do deus do trovão... mas na Wikipédia encontrei uma definição exata para este caso: "Ele era grande para um deus, extremamente forte e um comilão. Os antigos escritores identificaram Thor com o deus Greco-Romano Júpiter porque ambos são filhos da Mãe-Terra, comandante das chuvas, dos raios e trovões, são protetores do mundo e da comunidade - cujo símbolo era o carvalho, representando o tronco da família". Um nome perfeito para o cachorro da família do Thiago. "É impressionante a capacidade que ele tem de mudar o humor da casa. O Thor deixa tudo mais alegre e arranca sorrisos de todos, mesmo quando é um momento difícil".

Quer contar a história do seu bichinho aqui no blog? Deixe um recado com seu e-mail e farei contato logo, logo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Prêmio Dardos

Hoje tive uma grata surpresa: passei pelo Mãe de cachorro para ler a coluna da Ana Corina e vi que o Dias de Cão foi indicado por ela a receber o selo do Prêmio Dardos!

"Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc..., que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras”.
Agradeço à Ana Corina, uma Mãe de Cachorro com quem compatilho idéias, alegrias e tristezas pela internet, uma vez que nunca nos encontramos pessoalmente. E recomendo visitarem o blog, que sempre traz novidades e informações importantes para quem gosta de bichos.

Fiquei curiosa e fui procurar a origem do Prêmio. Não achei, nem na Wikipédia. Mas encontrei muitos blogs legais via Google procurando pelo Prêmio Dardos. Ele tem algumas regrinhas:
1 – Aceitar e exibir a imagem;
2 – Linkar o blog do qual recebeu o prêmio;
3 – Escolher 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos.

Segue minha listinha, ainda incompleta:

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

o primeiro cocker - capítulo 1

Uma ida despretensiosa ao Mercado Central, meu pai e minha irmã chegaram em casa com um presente para minha mãe: um filhote irresistível de cocker. Era uma cadela pretinha, de olhos doces, derretida de tão carente. Foi amor à primeira vista! Minha mãe paparicava Lucrécia todo o tempo que passava em casa. Isolada da Cinira até completar o ciclo de vacinas, um dia de manhã meu pai avisou: "essa cachorra não está legal". Levamos ao veterinário e tivemos o diagnóstico: cinomose. Foram dias intermináveis de internação, visitas chorosas à clínica, tristeza e silêncio em casa. Mas quando ela voltou... a carinha alegre e o toquinho de rabo abanando ofuscaram a magreza e o abatimento. Logo ela recuperou o peso e estava radiante pelo quintal. Lucrécia e Cinira não tiveram maiores problemas de adaptação, uma rusguinha aqui e ali, mas nada de mais grave.


Alguns meses depois, meu pai voltou a chamar a nossa atenção. "Ela não se levantou para fazer festinha, está muito quieta". Corremos ao veterinário, outra internação, era a cinomose de novo. Dessa vez foi um tempo longo, mais de um mês. O médico foi bem claro, não sabia se ela ia escapar, até porque, não tinha muito o que fazer. Estávamos no início da década de 90 e não havia um tratamento específico. Ele propôs como tentativa uma técnica desenvolvida por ele e ainda em fase de testes. E acrescentou que, caso ele achasse que não valeria à pena insistir, sugeriria uma eutanásia. Foi uma proposta ousada em todos os sentidos, mas minha mãe decidiu aceitar. As visitas foram restritas num primeiro momento e eu não pude vê-la por vários dias. As comunicações eram por telefone, ficávamos torcendo para que a Lucrécia conseguisse se recuperar.

Quando fomos buscá-la, uma choradeira só: entrou na recepção andando devagar, com trechos dos pelos raspados nas patas, por causa do soro, mas abanava o toco de rabo e foi direto até minha mãe. O veterinário nos entregou caixas de medicamentos que ela devia tomar por algum tempo e informou que, à medida que a idade fosse chegando, poderia apresentar sequelas. Chegamos em casa com nossa pequena ainda muito cansada, mas dormimos todos aliviados. Lucrécia mal completou 1 ano quando nós mudamos novamente de casa. Finalmente, meus pais realizavam o sonho de sair do aluguel e ter o cantinho deles. Aportamos com nossas duas cadelas na casa onde hoje vive o Chicó.
(continua...)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Marley tupiniquim

Quem ainda não leu "Marley e eu" está perdendo. É um livro delicioso, até pra quem não é muito chegado em cães. Mas pretendo comentar o livro em outra oportunidade. Hoje minha intenção é divulgar uma versão tupiniquim do Marley. A começar pelo fato do cão em questão ser um vira-latas que foi salvo de um atropelamento. E a sua salvadora é justo uma moça que tem 10 gatos em casa!!! Já fazem alguns dias que ele está por lá e não vai ter jeito: ele precisa de uma família nova. É brincalhão, ativo, gosta de passear a pé e de carro, não dá vexame no veterinário... não gosta de gatos, precisa de espaço e está em São Paulo. Será entregue castrado e bem tratado. Quer saber mais? Leia aqui algumas historinhas dele.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ah, o amor!

Passeando na blogsfera, descobri um blog muito legal, o Diários da Bicicleta. Lá encontrei esse curta metragem delicioso, sobre polvos apaixonados. Ele foi produzido na escola de animação francesa Gobelins. A música é fantástica e dá o tom da história. Aumentem o som e divirtam-se!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

ajudem um coração de pudim

Depois de uma merecidíssima semana de férias em ótimas companhias (mãe, pai, sogra, sogro e marido) a primeira providência foi buscar os cães no hotelzinho e apertar muito as fofuras. Em seguida, colocar as coisas em ordem e, hoje, segundona, já estou a pleno vapor no trabalho. Eis que na pausa do almoço resolvo colocar a leitura em dia e, no Gatoca, descubro que a Bia tem em sua casa um "tumultinho" de 4 patas para administrar. Trocando em miúdos: assim como eu ando mais empática aos gatos (ainda que o Simon's Cat seja o único que eu trouxe para casa), a Bia anda bem sensível aos cães. E por uma dessas "coincidências", eles andam cruzando seu caminho com uma frequência espantosa. Em Gatoca, onde vive com seus 10 gatinhos lindos, agora há um cão que ela salvou de um atropelamento. Claro que a presença desse vira-latas simpático está perturbando - e muito - o ambiente. Portanto, apelo aos corações de pudim que ajudem a Bia e o cão que ela acolheu. Eles estão em São Paulo, mas quem quer ajudar sempre arruma um jeitinho, mesmo de longe. Mais detalhes aqui e aqui.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

segurança

No auge da seca, aqui em Brasília tem feito um frio danado de noite, como já comentei em outro post. Guido na sua versão inverno precisou de um reforço para dormir mais quentinho. E eu ganhei um segurança muito figura!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

tão lindos!!!

Já pensou em ter um cachorrinho ou cachorrinha? Que não roa móveis, nem faça xixi por todo lado e que adore um cafuné? Para quem está em São Paulo, há pelo menos três bons candidatos: Caramelo, Geada e Pingo. Veja as fotos deles e conheça essa história clicando aqui.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

cadela salva recém-nascido

A cadelinha vira-latas que encontrou e salvou um recém-nascido em MG mais uma vez prova que as pessoas precisam aprender muito com os bichos... Conheça a Xuxa e leia a matéria aqui.

Foto: Ademar de Oliveira /Gazeta Montense

Atualização da "novela": parece que a dona da cadela inventou a história, pois ela mesma era a mãe... leia mais aqui. Mas a frase acima continua valendo: precisamos aprender muuuito com os animais, eles não abandonam suas crias assim!!!

sábado, 19 de julho de 2008

semelhanças entre cães e gatos

Pra quem acha que são bichos muito diferentes, esse episódio do Simon's Cat mostra que são bem parecidos... pelo menos, eu já me vi nesta situação tantas vezes que até perdi a conta... e nunca tive gatos! Divirtam-se!



Pra quem quer ver mais episódios, tem o post cortesia de amiga logo abaixo e mais no Youtube.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

enfrentando os mitos

Muitas pessoas me perguntam o que fazer quando seu cão está destruindo as coisas, brigando com os outros cães da casa, fazendo xixi onde não deve, fugindo... a lista de "problemas" é longa! Em boa parte das vezes que sugeri que castrassem seus animais, a reação foi: "ah, tadinho!". Ficam morrendo de pena do bicho, e acham melhor e mais bacana manter os coitados trancafiados 24h no canil para que não briguem e não façam xixi nos cantos. Será que o coitado do cachorro sofre mais trancado em 3m² o dia todo, sem conviver com suas pessoas e correr livre pelo quintal ou passando por uma cirurgia de 1h, com anestesia geral, que o livrará de uma série de comportamentos indesejáveis e facilitará sua convivência com sua família (humana e canina)?


Pensando nisso, achei interessante colocar aqui o link para uma matéria bem esclarecedora publicada no "itodas". Espero que ajude os donos a se informarem melhor sobre o que é verdade e mentira quando falamos de castração, um assunto que é tabu entre os humanos há séculos.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

posando para fotos

Eis o resultado de um dia de banho (dia de verão, bem quente): cães limpinhos e doidos para serem fotografados!!! Como essa última semana tem feito 10º ou menos nas noites do nosso quintal, estou muito saudosa desses momentos de cães cheirosos...

Ah! Reparem no piso: será que eles estavam empoeirados antes do banho?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

cortesia de amiga

Minha amiga gateira me apresentou esse gato... gente, bom demais! Demos muitas risadas juntas!!! E ela disse que um dos gatos dela é desse jeito. Aproveitem e divirtam-se!




segunda-feira, 7 de julho de 2008

leite?

Pois é, leite! Shiva está produzindo leite... não, não está prenhe. Inclusive, nem teria essa possibilidade, uma vez que nunca cruzou. Descobrimos a novidade ontem, por acaso, enquanto dávamos um bom banho nela. Vamos consultar o veterinário ainda hoje para entender o que pode ter acontecido e saber como resolvemos o problema.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

três é demais

Tudo ia bem no quintal dos vira-latas. Mas precisamos mudar de casa e aí foi um auê. Eu não queria, minha irmã não queria, mas não teve jeito: nós e os três cães mudamos de casa e de bairro. A casa era menor, o bairro muito mais movimentado - brincar na rua, nem pensar, passava ônibus na nossa porta! E o quintal... bem, pra falar a verdade, não era bem um quintal. Era tudo cimentado, não tinha uma árvore sequer! No máximo, uns canteirinhos laterais que só foram ter plantinhas depois que minha mãe plantou um monte delas.

Os cachorros enlouqueceram. Brigavam muito, arrancavam as plantas, não aceitavam a casinha nova. Afinal, eram dois machos e uma fêmea num espaço pequeno. Nessa época, nenhum veterinário orientava a castração, que talvez tivesse solucionado boa parte dos nossos problemas... Foram 6 meses de caos. A solução não foi nada pacífica: doar Horácio e Mug, ficaríamos só com a Cinira. Muitas lágrimas e discussões depois, começamos a seleção dos futuros donos. Escolhemos a dedo. Fomos visitar as novas casas e conhecer as pessoas, levamos os cães pela coleira, mais de dois meses nessa função. Novos donos escolhidos, nos despedimos e fomos entregar os bichinhos. Me lembro de chorar por vários dias, abraçada à Cinira, no quintal onde a paz estava estabelecida. Fomos com minha mãe visitar Horácio e Mug muitas vezes depois, e só assim ficamos convencidos de que foi mesmo uma boa providência. Eles reinavam sozinhos, Mug tinha até uma poltrona na sala só para ele, onde dormia e via televisão. Eram casas com crianças que brincavam com eles boa parte do dia. Estavam bem tratados, adaptados, e os novos donos felizes.

Cinira reinava sozinha lá em casa. Ganhou canil e casinha novos. Aliás, esse foi um episódio engraçado. Para fazer o canil, medimos a cabeça dela, de modo que ela não pudesse sair por entre as grades. Encomendamos, instalamos e lá foi Cinira, passava parte do dia presa no canil. Claro que não gostou. Ficou sem comer na hora do almoço por duas semanas. Levamos ao veterinário, que disse que ela estava ótima do ponto de vista clínico, sugeriu que passeássemos com ela. Não deu certo. Cinira não queria ver a cor da rua. Colocar-lhe a coleira era um parto; sair pelo portão, quase impossível. Parecia uma mula empacada! Numa manhã comum, estávamos de saída para a escola e a danada toda feliz, passeando pelo quintal... ué, não deveria estar presa? Deveria. Mas ela aprendeu a passar a cabeçona de lado por entre as grades e, como estava comendo só a metade da ração, perdeu peso e consegiu atravessar as grades!!! Rimos muito e decidimos manter a porta do canil sempre aberta, deixando-a presa só em dias de festa, pois ela era muito brava com pessoas que não conhecia.

Acreditam que Cinira não ficou muito tempo sozinha? Mas esse é um assunto para outro post.

terça-feira, 17 de junho de 2008

um final feliz

Assista e divulgue. Matéria veiculada no Jornal Hoje, na Rede Globo.




Quer um cachorrinho também? Há vários sites, aqui mesmo no blog, que disponibilizam animais para adoção. Visite e dê uma nova chance à eles. Não estão tão famosos quanto o Bob, mas são igualmente lindos e amorosos.

Beatriz e Costelinha

Essas duas fofuras estão procurando pessoas de bom coração e que se disponham a adotá-las, dando mais do que casa e comida. Amor, atenção e a certeza de que não serão mais abandonadas e maltratadas é tudo que elas precisam... As histórias desses cães, com fotos e informações de contato, estão no Gatoca: Beatriz e Costelinha.

E para aqueles que ainda acham estranho adotar um cachorro adulto, lembrem de como encontrei o Guido, essa doçura de cão que enche minha vida de alegria.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

visitando Chicó

Ai, que saudades eu estava de Shiva e Guido! Passei 10 dias fora de casa e para isso, tive que deixá-los num hotelzinho. Escolher o local não foi nada fácil, pois da última vez, eles voltaram muito estressados, agressivos e cheios de carrapatos! Eca! Mas desta vez consegui um local bacana, mais barato e limpinho. Eles voltaram para casa alegres, calmos e cheirosos. Quem quiser o contato desse hotelzinho ótimo para bichos, aqui no DF, é só escrever nos comentários deste post.

Estive visitando o Chicó, o adorável cão que vive com meus pais e minha irmã. Ele é um pouco ansioso, mas é lindinho demais! A história dele virá em breve. Foi por estar paparicando Chicó e resolvendo outras mil coisas que o blog ficou sem atualização esses últimos dias, mas agora estou de volta e as notícias serão publicadas, ok?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

verão e inverno

Dizer que é inverno em Brasília significa dizer que estamos na estação da seca. E que a temperatura pode variar mais de 15° num mesmo dia. O céu de um azul absurdo, sem uma nuvem sequer, 30° entre 11h e 16h. Depois de um belíssimo pôr de sol colorido, o céu estrelado e um vento gelado atravessando o cerrado. A temperatura cai rápido, à medida que a noite avança. Chega a fazer 10° no quintal aqui de casa, onde Guido e Shiva vivem... Esses dias, me perguntaram como eles ficam nessa estação. Ótimos!
A Shiva parece não sentir as variações de temperatura. Dorme, come, brinca... tudo normal. Seu apetite aumenta um pouco, mas quando é que um labrador não tem apetite?

O Guido "verão" cede lugar ao Guido "inverno". O único inconveniente é que a versão "inverno" de-tes-ta ser escovado, o que me rende corridas e ginástica extras. E olha a cara de satisfeito dele...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

recordar é viver

Lembram que mencionei uma obra em casa quando a Shiva chegou por aqui? Pois é, resgatei alguns registros fotográficos desta época. Preparem-se: são imagens fortes.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Romeu, Julieta e a terapia

A semana começou mal: Romeu e Julieta continuam na mesma. Explicando: um casal de poodles que foi abandonado em São Paulo e teve sua história publicada no Gatoca, em março deste ano. Apesar dos esforços das pessoas e da divulgação que o caso ganhou, ainda hoje os pobrezinhos continuam lá, nas ruas, precisando muito de um novo lar que os adote. Daqui de Brasília, tenho mantido contato com algumas pessoas em São Paulo, mas ainda sem sucesso. Não vou desistir, mas não tem muito o que eu possa fazer a mais de 1.000Km de distância, a não ser divulgar aqui no blog e rezar para que alguma alma boa paulistana queira ter um casal de poodles dóceis como companhia.
Ao menos a semana terminou bem. Hoje li uma notícia que renovou minhas esperanças... Os cães foram "recrutados" no Centro de Zoonoses de Jundiaí, ganharam nova vida, e ajudam a melhorar os dias das crianças em tratamento de lesões neurológicas. Quem sabe a idéia se espalha e poderemos ter novas parcerias entre entidades que cuidam de pessoas e de bichos? Quem sabe é o início de uma nova função dos Centros de Zoonoses, servir à comunidade de maneira mais construtiva, ao invés de eliminar cães e gatos saudáveis por falta de espaço?
Quem sabe Romeu e Julieta poderão ter, enfim, um final feliz? Quem sabe poderão até entrar na onda da terapia?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

labrador adota leões!!!

Pois é, eu acho meus cães meio malucos, mas a maluquice e o grande coração são mesmo características dos cachorros em geral. Esta matéria aqui conta a história de um labra-lata que adota leões na África! Muito bacana e com boas fotos, dêem uma passadinha por lá!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

o teu cabelo não nega

Neste caso, os pelos não negam: Guido é um jovem senhor. Nos últimos tempos, está com a barbicha branca. Como não sabemos ao certo sua idade, essas pequenas mudanças chamam a atenção. Mas sua energia continua inesgotável, está sempre ativo e disposto a brincar... um jovem senhor de bem com a vida!

terça-feira, 6 de maio de 2008

curtindo o sol

Um flagrante do marido curtindo um dia de sol com a Shiva. Não esqueçam do protetor solar hein?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

campanha

Como vocês sabem, sou uma apaixonada por bichos, e não só pelos meus cães. O link abre um comercial no You Tube, são apenas 30 segundos. E a mensagem é bem clara... Depois de assitirem, me digam o que acharam. Os créditos estão no Mãe de Cachorro, onde descobri essa campanha.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

a fuga

Cinira, Horácio e Mug estavam adaptados, felizes, gordinhos, amados. Uma manhã cheguei da natação e dei pela falta da Cinira. Cadê? Nossa auxiliar doméstica da época me explicou que tinha esquecido o portão do quintal, a porta da área de serviço e o portão da rua abertos ao mesmo tempo (!), e que os 3 cachorros tinham fugido. Ela saiu correndo atrás deles, e conseguiu trazer de volta Horácio e Mug, mas a Cinira já tinha sumido...
Apavorada, liguei logo para minha mãe. Fui com os amiguinhos da vizinhança percorrer as ruas mais próximas, procurando a danada. Voltei para casa desolada e sem ela. No dia seguinte, a maratona de cartazes e caminhadas recomeçou. Não tinha completado 3 anos do sumiço da Pupu, e lá estávamos nós de novo naquela agonia.

Uma semana mais tarde, cheguei da escola e o clima em casa estava diferente. Nossa auxiliar doméstica estava eufórica. "Venha ver!" - e fomos até o quintal. Lá estava a Cinira, imunda, mais magra, com um pedaço de corda arrebentada amarrado ao pescoço. Abanava o rabo, enquanto bebia uma panela inteira de água. Perguntei como ela havia sido encontrada, e a moça respondeu: "Não sei, fui varrer a calçada e ela estava deitada na frente do portão. Acho que encontrou o caminho de volta sozinha." Tirei a corda de seu pescoço, e fiquei abraçadinha com a Cinira por um bom tempo. Quando minha mãe chegou, demos um banho na fujona, e nesse dia ela dormiu dentro de casa, para observarmos se estava tudo bem. A julgar pelo monte de porcarias que vomitou antes do banho, foi um milagre não ter tido nenhuma complicação. Minha vira-lata amarela estava de volta, sã e salva, depois de uma semana de aventuras! E deste dia em diante, nunca mais ela quis passear na rua. Colocar-lhe uma coleira virou uma tarefa complexa, e ela só permitia se fosse eu a tentar. Mesmo assim, eram muitas tentativas antes de conseguir. De outras vezes em que o portão foi deixado aberto, ela jamais se aproximou, e da rua manteve distância sempre que pôde. Nunca soube onde ela esteve nem quem lhe colocou aquela corda no pescoço. Só sei que ela voltou bem, e isso me deixou muito tranquila e feliz.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

irritando a Shiva

Esta semana Shiva está irritada. Aliás, irritadíssima. Latindo muito, resmungando, inquieta, impaciente. Entrou no cio. E quando ela entra no cio, o Guido, apesar de castrado, fica louco. Não pára de seguir cada passo seu, vira praticamente uma "mochila". E ela fica visivelmente aborrecida. Ele só dá sossego quando ela dorme. Então, Shiva tem dormido bem mais do que o normal...

PS: este post ficou sem foto do Guido, porque as que tirei estão impublicáveis...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

o brinquedo

Num dia como outro qualquer, cheguei do trabalho e fui ficar com os cães no quintal. Mais tarde, como de costume, deixei-os sozinhos, e fui fazer algumas tarefas domésticas. Quando voltei, havia um brinquedo diferente passeando na boca da Shiva. Parecia um halter de ginástica, amarelo, de borracha. Fazia até um barulhinho de assovio quando ela mordia. Nunca um brinquedo fez tanto sucesso!!! Ela estava encantada por ele, nem o petisco que eu e o marido oferecemos a deixou motivada a soltá-lo. Jantou com uma das patas sobre o brinquedo. Como todos os nossos vizinhos também têm cães, imaginamos que por algum excesso de força na hora de brincar, o tal objeto tivesse caído aqui. Mas não sabíamos de qual casa ele poderia ter vindo, e além do mais, estava tarde. Decidimos nos ocupar disso só no dia seguinte. Quando fomos colocar os cães no canil, Shiva levou o brinquedo com ela. Isso não é comum, normalmente ela abandona os objetos antes de entrar. Dormiu com a cabeça sobre ele.
Três dias depois ela permanecia no encantamento. Era um sábado, fui para o quintal curtir as plantinhas e os cães. Shiva continuava apertando o brinquedo, "fiiiii, fiii, fiii", um barulhinho deveras irritante. Logo as crianças vizinhas foram para seu quintal, e, através da cerca, perguntei se elas haviam deixado o brinquedo com a Shiva. Elas reconheceram o objeto, mas contaram que não o entregaram à ela, aliás, completaram que estavam sentindo a falta dele há alguns dias. Notaram seu sumiço porque o cachorro delas adorava o bendito. Eu disse o que sabia: o brinquedo tinha aparecido do nada há três noites na boca da Shiva, e eu imaginei que ele poderia ter passado por sobre a cerca durante alguma brincadeira. Enfim, restava a mim conseguir devolver o objeto ao seu legítimo dono. Após 10 minutos protagonizando uma cena ridícula - eu corria, a Shiva me driblava, e o brinquedo continuava em seu bocão amarelo, coberto de baba - exausta, desisti. Avisei às meninas - que estavam se divertindo muito com a cena, diga-se de passagem - que tão logo ela largasse aquela tranqueira, eu jogaria para o lado de lá.
Só dois dias depois consegui fazer a reintegração de posse. Claro que comprei para a Shiva um brinquedo o mais parecido possível com o que ela adorou, e claro que esse não fazia o barulhinho irritante. Ela já estava feliz e encantada novamente com a sua própria borracha babada. A dúvida sobre como o brinquedo alheio foi parar lá em casa continua, mas a julgar pelo que andamos observando, sem que a Shiva notasse, parece que ele foi subtraído de maneira furtiva por debaixo da cerca... espero que ela não me apronte outra dessas, senão vou morrer de vergonha!

segunda-feira, 31 de março de 2008

você cria mosquitos?

Passei uma semana assistindo na TV todo o drama da dengue no Rio de Janeiro. Muito triste ver tanta gente sofrendo por conta de uma doença. Aqui no DF, tivemos um drama recente com a febre amarela. Por acaso, li esta matéria aqui sobre leishmaniose, tão relacionada à saúde canina e à humana também. E me peguei no seguinte raciocínio: apesar de serem fatais para as pessoas, a dengue, a leishmaniose e a febre amarela são transmitidas por mosquitos. Só depois que o mosquito pica um hospedeiro (pessoa ou bicho) infectado ele pode infectar alguém. Ou seja, se nós, pessoas, pararmos de cultivar mosquitos, estaremos evitando essas doenças.
Não pretendo causar polêmica, escrever um tratado sobre o tema ou eximir as autoridades de suas responsabilidades com a saúde pública. Só peço a cada um que passar por aqui e ler este texto que chegue em sua casa e local de trabalho e faça sua parte para não criar mosquitos. Elimine os pratinhos dos vasos de planta. Se isso não for possível, coloque areia ou borra de café. Não deixe lixo espalhado, nem no seu quintal, nem na rua. Se vir lixo espalhado, recolha e coloque nas lixeiras, não espere pelo gari. Dê uma olhada nas tranqueiras que costumamos ajuntar, que mesmo sem acumular água, servem de esconderijo para os mosquitos (vasos vazios, recipientes sem uso, entulho, sobras de construção). Mais dicas aqui.
Pessoalmente, considero uma estupidez pessoas e animais morrerem por causa de doenças transmitidas por mosquitos em pleno ano de 2008. Cada um de nós tem que fazer o que estiver ao seu alcance para evitarmos essa tristeza em nossas casas, em nossa rua, em nossa cidade. Se todos estivéssemos fazendo isso, não haveriam tantos morrendo por tão pouco. Combater os mosquitos é cuidar da sua saúde, da saúde de quem você ama (filhos, pais, cachorros) e até de quem você nem conhece. Reflita e mãos à obra!

segunda-feira, 24 de março de 2008

cães na páscoa

Incrível a disposição dos cães nesse domingo, praticando o esporte favorito: dormida sincronizada. Eles agora mudam de posição juntos...




segunda-feira, 17 de março de 2008

trio vira-lata

Quando a Pepita sumiu, eu e minha irmã ganhamos dois cachorrinhos: um vira-latas dourado e um vira-latas preto e branco. O primeiro, era mestiço com cocker, e tinha uma pelagem belíssima. O segundo, era uma miniatura da Pupu. Os dois eram filhotes, machos, e absolutamente adoráveis! Ganharam casinha no quintal e duas meninas loucas por cachorro como donas. Passávamos todo o tempo disponível brincando com eles. O dourado foi batizado de Horácio, e o pretinho de Mug.

A dupla se dava bem, não era de brigas, gostava de carinho e de brincar. Como qualquer cachorro, faziam xixi nos cantinhos, e a área interna da casa era proibida para eles. "Lugar de cachorro é no quintal" passou a ser um mantra. Era difícil para nós, as crianças, nos acostumarmos com isso, afinal, a Pupu vivia dentro de casa... mas, as coisas mudam, e uma vantagem de ser criança é a infinita capacidade de adaptação.

Eu e minha irmã levávamos os cães para passear por ali, perto de casa, com uma certa frequência. Dava trabalho colocar as guias, mas eles adoravam os passeios, e aí a trabalheira era justificada. E passear com Horácio e Mug era lento: eles paravam em cada uma das árvores, que na BH do final da década de 80, eram muitas. Sem falar nos cachorros da vizinhança, que vira e mexe escapavam para a rua, aí era uma correria só! A gente voltava para casa em desabalada carreira!


A dupla já estava conosco havia uns três meses, quando uma Tia me levou para conhecer a cadelinha pequinês que ela já tinha encomendado para mim. Quando voltei para casa com a Cinira no colo, dormindo a sono solto, já estava de noitinha, e ninguém botou muito reparo nela. A fofura dormiu numa caixinha, dentro de casa, ainda isolada dos outros cães, até que as vacinas estivessem todas providenciadas.

No dia seguinte, meus pais me acordaram cedo para levarmos a Cinira ao veterinário, para os procedimentos de rotina: consulta, vacina, vermífugo. Foi quando meu pai falou: "Pequinês? Aonde? Só se for porque é um cachorro pequeno!" Ele tinha razão: Cinira foi o vira-lata mais vira-lata que já passou em nossa casa. Ela ia crescendo e ficando no "padrão": marrom e branca, pelinho baixo, durinho, porte médio, e um medo tremendo de água fria e foguetes.

A apresentação da Cinira aos demais cães da casa não demorou muito, talvez um mês. Ela passou a dormir lá fora com eles, e logo ocupou o melhor lugar na casinha, que tinha duas portas, deixando Horácio e Mug dividindo uma delas. Algumas rusgas começaram a acontecer, o que nos assutava, afinal nunca tínhamos visto uma briga de cachorros na vida! Numa dessas, fui acudir o Mug, que era menor, mas a briga ainda não tinha terminado de vez. Quando coloquei a mão nele, o Horácio se virou para continuar a confusão, e acabou acertando uma mordida na minha mão. Não sei quem se assutou mais, eu ou ele. O coitado ficou quase uma semana de rabinho baixo, visivelmente arrependido. E eu, fui tomar uma anti-rábica básica no pronto socorro, e ganhei de brinde uma anti-tetânica! Lembro de ficar uns 3 dias sem assentar... Nem esse incidente me fez ter medo de cachorro. Mal voltei para casa e já estava no quintal de novo, com eles. Depois de estabelecida a hierarquia - Cinira era a líder - a paz reinava quase sempre. E assim, tínhamos nossa própria matilha!

terça-feira, 11 de março de 2008

Pepita

Uma cadela pequinês*, pretinha de luvas brancas, dengosa e cuimenta. Pepita foi um presente do meu avô para minha mãe, quando ela se casou. Quando eu nasci, ela já tinha quase 2 anos. Praticamente todas as fotos que tenho de quando era um bebê mostram a Pepita também. Ficava por ali, assim, como quem não quer nada, aparecia num cantinho, debaixo do carrinho, atrás da poltrona, aos pés de minha mãe. Para nós, os íntimos, atendia por Pupu.


Pupu dormia dentro de casa. Na cama dos meus pais. Foi a primeira - e única - a ter tal privilégio. Desde que me lembro de alguma coisa da infância, Pepita estava junto. Brincando no quintal, se escondendo das brincadeiras estabanadas debaixo dos móveis. Latia muito pouco, corria comigo pela casa, adorava colo e afagos. Estava sempre cheirosa de sabonete, e seus pêlos pretos brilhavam de um jeito que não é muito comum ver por aí. Ela tinha suas rotinas, e liberdade total para circular pela casa. Nunca se incomodou com o alvoroço de crianças aos finais de semana e férias. As primas e vizinhos estavam sempre por lá, e ela parecia até gostar da confusão. Convivia bem com o cão Boxer que ficava no quintal, o Miró. Às vezes, preferia ir dormir na casinha dele.

Quando fizemos a primeira mudança de casa, Miró ficou com uma amiga da família, pois o novo lar não tinha quintal, apenas uma área de serviço coberta de ladrilhos, onde um cão de seu tamanho não conseguia sequer ficar de pé. Pepita seguiu conosco. Era uma casa térrea, e a garagem coberta era um ótimo local para brincar. Chão liso, fresquinho, com vista para a rua. Um dia a carrocinha passou por ali, eu sentada com Pepita no colo. Um homem desceu com aquele laço pavoroso, e chamou por ela na grade, "tchu, tchu, tchu". Ela foi, latindo e avançando, defendendo seu território. O maldito a pegou e colocou na carrocinha. Apavorada, eu corri ao telefone e liguei para meu pai, em prantos. Ele saiu do trabalho e foi até o canil onde os animais eram recolhidos. Chegou mais de 2 horas antes da carrocinha chegar. Voltou para casa com ela nos braços, e a paz foi restabelecida. Começava ali meu ódio pela carrocinha.

Pouco tempo depois mudamos de casa outra vez. A casa nova tinha um quintal enorme, ao menos para mim, que tinha 6 anos. Pepita passou a dormir lá fora, pois as crises de rinite de meu pai não deixavam mais nem a cadela dormir. Ela ganhou uma casinha, choramingou uns 3 dias, mas acabou se acostumando. Principalmente porque descobriu a poltrona macia na varanda... Pepita era uma cadela especial, de várias maneiras. Ela tinha epilepsia, tomava um remédio diariamente e às vezes, tínhamos que acudir em alguma crise. O procedimento era deitá-la e colocar as mãos sobre sua barriguinha, afagando devagar. Enquanto isso, mamãe lhe colocava um lenço com vinagre no focinho, e logo ela se recuperava.


Nessa nova vizinhança, Pepita se acostumou a passar por entre as grades do portão e deitar-se no passeio na porta de casa, para pegar o sol da tarde. Andava às vezes até a esquina, mas nem atravessava a rua, pois já tinha seus 9 anos, e se cansava facilmente. Alguns pêlos brancos começavam a chamar a atenção em sua pelagem preta. Já estava velhinha. Novo quintal, novo cão. Meu pai trouxe um belo filhote de pastor alemão capa preta, dócil e brincalhão. Lipe reinava no quintal, e Pepita fugia de suas bricadeiras. Ele crescia rápido, e tinha muita energia. Ela não tinha mais a mesma disposição, e por vezes, se impacientava e lhe dava umas mordidas. Ele nem se importava e continuava brincando. Estabeleceu-se uma "divisão de território" imposta por meus pais: Lipe ficava com o quintal e Pepita com a varanda e sua poltrona.


A vida seguia seu curso: eu entrei na escola primária do bairro, minha irmã no jardim de infância. Os primos e vizinhos continuavam frequentando assiduamente nossa casa, que tinha mais espaço para as brincadeiras. Um dia acordamos e... cadê Pepita? Procura daqui, dali, nos cantinhos onde ela ficava, e nada. Fomos para a rua e nada, nem sinal dela. Chamamos os amigos e vizinhos, ninguém a viu. Percorremos o bairro até a noite e nenhuma notícia. Das semanas seguintes, tenho lembranças em slow motion. Cartazes em todas as padarias, vendas, bares e salões de beleza do bairro. Anúncios (pagos) nos classificados do jornal. Telefonemas que se revelavam trotes. Minha mãe sem conseguir comer, mal conseguia falar. Só chorava. E assim foi um mês, depois outro e outro... Terminei o primeiro ano primário e mudei de escola. O Lipe foi doado à um conhecido do meu pai. Quando os últimos cartazes e anúncios foram retirados das redondezas, apareceu um garoto na porta de casa com um pequeno filhote, preto de luvas brancas, bem peludinho. Era macho. E foi meu primeiro cachorrinho. Na mesma semana, meu avô deu um outro filhote macho e peludo para minha irmã. E um tempo depois, próximo ao meu aniversário, uma tia me deu um filhote de pequinês, que eu só poderia buscar em 2 meses.


Ocupadas as crianças em cuidar de seus novos filhotes, minha mãe ainda chorou por muito tempo o sumiço da Pepita. Mas nos ensinava a cuidar dos novos cãezinhos, dois vira-latas fofos, e o quintal de casa voltou a ser território de correria e latidos. O outro filhote de pequinês que ganhei da tia? Ah, ainda vai aparecer muito por aqui...

*Nas décadas de 70 e 80, os cães pequineses eram uma "moda", ao menos em Belo Horizonte. Muita gente criava os cãezinhos pequenos e peludos, com fama de barulhentos e mal-humorados. Eram comuns os cruzamentos consanguíneos e o resultado era que muitos filhotes apresentavam doenças congênitas. A raça acabou sendo esquecida, e era raro encontrar alguém que tivesse um cachorrinho desses nos últimos anos da década de 80. Atualmente, parece haver um certo interesse dos criadores, mas nada que se compare ao modismo do Shi-tzu ou Lhasa-Apso, por exemplo.