quinta-feira, 28 de agosto de 2008

o primeiro cocker - capítulo 1

Uma ida despretensiosa ao Mercado Central, meu pai e minha irmã chegaram em casa com um presente para minha mãe: um filhote irresistível de cocker. Era uma cadela pretinha, de olhos doces, derretida de tão carente. Foi amor à primeira vista! Minha mãe paparicava Lucrécia todo o tempo que passava em casa. Isolada da Cinira até completar o ciclo de vacinas, um dia de manhã meu pai avisou: "essa cachorra não está legal". Levamos ao veterinário e tivemos o diagnóstico: cinomose. Foram dias intermináveis de internação, visitas chorosas à clínica, tristeza e silêncio em casa. Mas quando ela voltou... a carinha alegre e o toquinho de rabo abanando ofuscaram a magreza e o abatimento. Logo ela recuperou o peso e estava radiante pelo quintal. Lucrécia e Cinira não tiveram maiores problemas de adaptação, uma rusguinha aqui e ali, mas nada de mais grave.


Alguns meses depois, meu pai voltou a chamar a nossa atenção. "Ela não se levantou para fazer festinha, está muito quieta". Corremos ao veterinário, outra internação, era a cinomose de novo. Dessa vez foi um tempo longo, mais de um mês. O médico foi bem claro, não sabia se ela ia escapar, até porque, não tinha muito o que fazer. Estávamos no início da década de 90 e não havia um tratamento específico. Ele propôs como tentativa uma técnica desenvolvida por ele e ainda em fase de testes. E acrescentou que, caso ele achasse que não valeria à pena insistir, sugeriria uma eutanásia. Foi uma proposta ousada em todos os sentidos, mas minha mãe decidiu aceitar. As visitas foram restritas num primeiro momento e eu não pude vê-la por vários dias. As comunicações eram por telefone, ficávamos torcendo para que a Lucrécia conseguisse se recuperar.

Quando fomos buscá-la, uma choradeira só: entrou na recepção andando devagar, com trechos dos pelos raspados nas patas, por causa do soro, mas abanava o toco de rabo e foi direto até minha mãe. O veterinário nos entregou caixas de medicamentos que ela devia tomar por algum tempo e informou que, à medida que a idade fosse chegando, poderia apresentar sequelas. Chegamos em casa com nossa pequena ainda muito cansada, mas dormimos todos aliviados. Lucrécia mal completou 1 ano quando nós mudamos novamente de casa. Finalmente, meus pais realizavam o sonho de sair do aluguel e ter o cantinho deles. Aportamos com nossas duas cadelas na casa onde hoje vive o Chicó.
(continua...)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Marley tupiniquim

Quem ainda não leu "Marley e eu" está perdendo. É um livro delicioso, até pra quem não é muito chegado em cães. Mas pretendo comentar o livro em outra oportunidade. Hoje minha intenção é divulgar uma versão tupiniquim do Marley. A começar pelo fato do cão em questão ser um vira-latas que foi salvo de um atropelamento. E a sua salvadora é justo uma moça que tem 10 gatos em casa!!! Já fazem alguns dias que ele está por lá e não vai ter jeito: ele precisa de uma família nova. É brincalhão, ativo, gosta de passear a pé e de carro, não dá vexame no veterinário... não gosta de gatos, precisa de espaço e está em São Paulo. Será entregue castrado e bem tratado. Quer saber mais? Leia aqui algumas historinhas dele.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ah, o amor!

Passeando na blogsfera, descobri um blog muito legal, o Diários da Bicicleta. Lá encontrei esse curta metragem delicioso, sobre polvos apaixonados. Ele foi produzido na escola de animação francesa Gobelins. A música é fantástica e dá o tom da história. Aumentem o som e divirtam-se!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

ajudem um coração de pudim

Depois de uma merecidíssima semana de férias em ótimas companhias (mãe, pai, sogra, sogro e marido) a primeira providência foi buscar os cães no hotelzinho e apertar muito as fofuras. Em seguida, colocar as coisas em ordem e, hoje, segundona, já estou a pleno vapor no trabalho. Eis que na pausa do almoço resolvo colocar a leitura em dia e, no Gatoca, descubro que a Bia tem em sua casa um "tumultinho" de 4 patas para administrar. Trocando em miúdos: assim como eu ando mais empática aos gatos (ainda que o Simon's Cat seja o único que eu trouxe para casa), a Bia anda bem sensível aos cães. E por uma dessas "coincidências", eles andam cruzando seu caminho com uma frequência espantosa. Em Gatoca, onde vive com seus 10 gatinhos lindos, agora há um cão que ela salvou de um atropelamento. Claro que a presença desse vira-latas simpático está perturbando - e muito - o ambiente. Portanto, apelo aos corações de pudim que ajudem a Bia e o cão que ela acolheu. Eles estão em São Paulo, mas quem quer ajudar sempre arruma um jeitinho, mesmo de longe. Mais detalhes aqui e aqui.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

segurança

No auge da seca, aqui em Brasília tem feito um frio danado de noite, como já comentei em outro post. Guido na sua versão inverno precisou de um reforço para dormir mais quentinho. E eu ganhei um segurança muito figura!