quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

na neve

Mais um episódio do Simon's Cat. O melhor de assistir isso em casa é o desespero de Shiva e Guido procurando a fonte dos miados...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

exemplo bem sucedido

O texto abaixo encontrei no Cachorro Paraguaio, bem como o vídeo que está linkado no final. Vale a pena ver que, quando há vontade de resolver um problema, não faltam profissionais dispostos a trabalhar e a comunidade adere aos programas propostos. Queria ver alguma cidade brasileira seguindo o exemplo e mostrando que nosso rico dinheirinho pago em impostos pode reverter em bons frutos para a sociedade.

"A Organização Mundial de Saúde classifica a população canina em três categorias: cães que vivem nas ruas, cães semi domiciliados e cães domiciliados, sendo que as taxas de reprodução e sobrevivência se dão conforme a tabela a seguir:

Com a escassez de alimentos a qual os cães que vivem nas ruas estão sujeitos, um dos primeiros efeitos é a perda da capacidade reprodutiva, o que não acontece com cães domiciliados e semi-domiciliados. Ou seja, os cães que vivem nas ruas são apenas a ponta do iceberg do problema de superpopulação. Os cães que vivem nas ruas não só são os que menos se reproduzem, eles são a consequência de um problema maior: a reprodução descontrolada dos animais domiciliados e semi-domiciliados, e que acabam nas ruas. Por essa lógica, é fácil concluir que o extermínio de cães nunca será a solução, já que o que gera o problema de superpopulação jamais será controlado com esta prática.

O caminho que Almirante Brown encontrou para resolver o problema da superpopulação de animais foi a implantação de um programa de controle ético da fauna urbana como política do município. Foi necessário o apoio do legislativo municipal para que houvesse a garantia da continuidade das ações. O programa de esterilização cirúrgica é acompanhado da informação e difusão de informações e do próprio programa, em um trabalho conjunto entre estado, comunidade e ONGs. O objetivo final é alcançar o equilíbrio populacional e a mudança de hábitos na comunidade.

A esterilização cirúrgica é um método ético, eficaz, seguro, econômico, definitivo e beneficia a saúde das pessoas e dos animais. E para que ela alcance impacto populacional ela deve ser: em massa, sistemática, incluindo todas as classes sociais, precoce (de preferência antes do primeiro cio) e gratuita. Como em todo o programa de prevenção, se deve conseguir esterilizar o maior número de animais no menor tempo possível, sendo no mínimo 10% da populaçao a cada ano. O índice oficial de estimativa da população de animais é de um cão para quatro pessoas. Ou seja, numa cidade de 100.00o habitantes devem existir cerca de 25.000 animais, dos quais 2.500 devem ser esterilizados por ano."

Para saber como funciona o programa de Almirante Brown, assista o vídeo no Cachorro Paraguaio.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

o primeiro e o segundo cocker

Quando nos mudamos, Cinira e Lucrécia dividiam o quintal. Mas a cocker desfrutava de alguns privilégios, como transitar livremente dentro de casa, coisa que nossa vira-latas nunca pode fazer. Cinira era um cachorro de quintal, pelo seu porte e seu jeito; era maior, desajeitada e quando entrava, vez por outra, gostava de correr de um lado para o outro, só para conferir quem estava em casa. Ela mesma seguia para o quintal, nem precisávamos mandar.

Lucrécia era calma, alegre e dengosa. Adorava colo, afagos, carinho. Dormia perto de onde a gente estivesse e seguia minha mãe como uma sombra. Quando completou 3 anos, decidimos que queríamos uma ninhada dela. Por intermédio da veterinária, fizemos contato com uma criadora da raça e ela levou um de seus cães reprodutores para passar uns dias em casa e providenciar os cachorrinhos. Aquele cachorro ficou por lá mais de 15 dias. E eu já estava apaixonada por ele!!! Tinha um olhar doce e triste que me dava vontade de chorar. Gerard era um cão com pedigree, tinha porte de quem se apresentava em exposições. Era manso, obediente e um pouco medroso. Mas era lindo demais!

Quando sua dona apareceu para buscá-lo, fiquei num desespero mudo: eu não queria que ele fosse embora de jeito nenhum. Mas não podia fazer nada. Qual não foi a minha surpresa quando a senhora perguntou se queríamos ficar com ele, de presente! Ela estava desfazendo sua criação e achou que ele ficaria muito bem conosco, pois sabia que gostávamos de cachorro. Uma breve consulta à minha mãe e Gerard passou a integrara família. Adaptou-se bem com Cinira e Lucrécia e foi o grande responsável para que elas brigassem menos.

Tanta alegria nos ajudou a superar o revés: Lucrécia deu à luz apenas 2 filhotes, que morreram logo depois de nascer. Ela precisou ser operada e retirar o útero, pois teve uma infecção após o parto. Ficou 15 dias na clínica e voltou para casa bem jururu. Mas logo recuperou a disposição de brincar conosco e com os outros cães.